Nos últimos anos, assistimos a um fenômeno curioso: à medida que as ferramentas de inteligência artificial (IA) como o ChatGPT se popularizaram, as pessoas passaram a moldar suas perguntas para otimizar as respostas. Esse novo comportamento revela muito mais do que uma simples evolução na forma de interação homem-máquina — ele sinaliza uma mudança estrutural na forma como lidamos com o conhecimento, os processos e o futuro digital dos negócios.
A inteligência artificial não apenas responde: ela analisa. Cada pergunta feita a um modelo como o ChatGPT é interpretada para identificar o nível de conhecimento do usuário, a intencionalidade e até mesmo a expectativa de profundidade na resposta. Em resposta a isso, os usuários se adaptam: refinam seus prompts, organizam melhor suas ideias, e buscam ser reconhecidos pela máquina como ‘interlocutores qualificados’.
Se tudo é algoritmo, quem domina essa linguagem, domina o novo código da produtividade.
Essa realidade impacta diretamente a maneira como as empresas precisam estruturar seus processos. Não basta mais digitalizar documentos ou automatizar tarefas simples. A verdadeira transformação digital exige processos vivos, que aprendem e se adaptam junto com as tecnologias emergentes.
Empresas que ainda tratam a digitalização como um ‘projeto isolado’ estão ficando para trás. A transformação digital é hoje a nova divisa entre as organizações que vão prosperar e aquelas que serão engolidas por mercados mais ágeis e inteligentes.
Os departamentos financeiros, por exemplo, já estão sentindo a pressão. Quem automatiza rotinas como cadastros, solicitações de pagamento e análise de resultados através de plataformas como Fluig e Protheus, conquista uma vantagem que vai muito além da eficiência: conquista a capacidade de antever riscos, agir com base em dados e assumir um papel estratégico dentro da organização.
A mensagem é clara: no mundo em que a IA e a transformação digital estão se fundindo, a capacidade de interagir, adaptar e evoluir é o novo ativo mais valioso.